quarta-feira, 11 de junho de 2014

Resenha: Mídia e Educação "BELLONI, Maria Luiza"

Resenha - Livro "O Que É Mídia-Educação"

BELLONI, Maria Luiza. O Que É Mídia-Educação. 2ª ed. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2005.

Maria Luiza Belloni é bacharela em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e especialista em pesquisa pela Fundação Getúlio Vargas. Atua como professora do Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Catarina, onde coordena o Grupo de Pesquisa COMUNIC. Desde os anos setenta desenvolve pesquisas em sociologia política e teorias da comunicação. Em 1976 recebeu o título de mestre em Sociologia pela Universidade Paris III (Sorbonne Nouvelle), com uma dissertação sobre a imprensa brasileira e a política econômica do regime militar. É autora de diversos trabalhos de pesquisa na área tecnologia de informação e comunicação, e ainda dos livros "Educação a Distância" (1999), e “O Que É Mídia-Educação” (2001).

No capítulo um, a autora ressalta que o objetivo da obra “é o de contribuir para a efetivação dos direitos da criança e do adolescente, especialmente o direito à educação de qualidade e o direito à comunicação” (p. 5), conforme reza a Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança e do Adolescente (1989). Para tanto, e levando-se em conta que vivemos hoje em pleno impacto do avanço tecnológico compreendidas na expressão tecnologias de informação e comunicação (TIC), o melhor caminho será concentrar toda a atenção no usuário/utilizador, tornando-se necessário atualizar a tecnologia na educação, pois há anos os jovens vêm desenvolvendo uma nova autodidaxia por meio das mídias. Em seguida BELLONI expõe algumas tendências e desafios que ela chama apropriadamente de “Dupla Dimensão da Integração das TIC: Mídia-Educação e Comunicação Educacional”, que abrangem duas “dimensões indissociáveis”: ferramentas pedagógicas ricas e proveitosas melhorando e expandindo o ensino, e objeto de estudo complexo e multifacetado, que exige abordagens criativas, críticas e interdisciplinares. Segundo a autora, “a escola deve integrar as tecnologias de informação e comunicação porque elas já estão presentes e influentes em todas as esferas da vida social, cabendo à escola (...) atuar no sentido de compensar as terríveis desigualdades sociais e regionais que o acesso desigual a estas máquinas está gerando” (p. 10).

Em seguinte BELLONI aponta resumidamente alguns aspectos sobre a interação das TIC aos processos educacionais, que só faz sentido pleno se for realizada como ferramentas pedagógicas e como objetos de estudo. Essa perspectiva, que ela chama de “educação para as mídias” (termo ainda não consagrado no Brasil), tem como objetivos: a formação do usuário ativo, crítico e criativo, fazendo, assim, da educação um instrumento para democratização de oportunidades educacionais e do acesso ao saber, o que inclui a formação de professores atualizados e em sintonia com as aspirações e os modos de ser das gerações mais novas.

De um modo geral, a autora se apóia em diversos estudiosos para emitir suas conclusões. Segundo ela, é urgente a integração das mídias (televisão, computadores, redes telemáticas) no cotidiano escolar, para que a escola esteja em sintonia com as demandas da sociedade, mesmo porque estas mídias já estão bem integradas no cotidiano do mundo do trabalho, do lazer, das interações pessoais, isto é, ao mundo vivido dos estudantes de todas as idades. A constituição das formas de perceber o mundo e atribuir significados tem referência nestas mídias, por isso elas podem ser meios adequados para a organização do pensamento, fundamentais para a aprendizagem, e preciosas ferramentas na educação de crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem decorrentes de problemas de integração social e psicológica. Ressalta ainda a necessidade da integração das TIC na escola, no sentido de possibilitar o uso criativo dessas tecnologias através da construção de propostas metodológicas diferenciadas e inovadoras que possam resgatar a capacidade de aprender de crianças e jovens, devolvendo a elas a esperança e a possibilidade de constituírem-se em cidadãos na sociedade que almejamos construir.

O que se destaca na obra é a necessidade de integrar os meios de comunicação à escola, tanto como instrumento, quanto como objeto de estudo, considerando a nova linguagem e forma de expressão que eles introduzem no universo infantil, principalmente a televisão.

O problema consiste nas condições materiais e técnicas e no preparo de professores para esta tarefa. É considerável a responsabilidade dos sistemas educativos em relação a esse novo desafio que é formar os educadores para essa nova tarefa, que é desenvolver disciplinas que são as ciências da informação e comunicação.

Quando focamos a escola pública observamos que há uma desigualdade desproporcional! Ela oferece ensino de segunda classe e desempenha seu papel na reprodução das desigualdades sociais quando deveria desempenhar o papel de escola transformadora, integrando todos os recursos tecnológicos à disposição do homem contemporâneo, numa perspectiva inovadora e igualitária. BELLONI encerra dizendo que “uma simples introdução de um suporte tecnológico não significa inovação educacional. Esta só ocorrerá quando houver transformação nas metodologias de ensino e nas próprias finalidades da educação” (p. 89). Torna-se, portando, urgente integrar as tecnologias de informação e comunicação ao cotidiano escolar, de maneira criativa, crítica e competente, investindo na formação de professores e em pesquisas voltadas para as novas metodologias de ensino. A educação, frente a esse desafio, terá que avançar – nunca retroagir – e, apesar da resistência de educadores que preferem as velhas práticas pedagógicas, torna-se mister e irreversível aplicar as novas tecnologias na área educacional.






Meu Comentário: 

Muito bem escrito, esta obra  nos coloca bem a par da realidade que hoje é a comunicação digital, tanto nas mídias como em outro local.  Uma frase que muito me chamou a atenção e que viemos discutindo todo o semestre se encaixa perfeitamente na nossa realidade, e foi citada na resenha acima:

"apesar da resistência de educadores que preferem as velhas práticas pedagógicas, torna-se mister e irreversível aplicar as novas tecnologias na área educacional". 

É isso futuras pedagogas, não há como fugir desta realidade que a cada instante é mais e mais presente em nossa sala de aula. Vamos abrir a janela do nosso conhecimento e caminhar junto com a tecnologia.

domingo, 18 de maio de 2014

Bingo do Alfabeto.

Alfabingo ou Bingo do Alfabeto!

     O professor deverá dispor de um alfabeto com letras grandes, tamanho 20cmx15cm, de preferência que a letra seja recortada em seu formato,  para facilitar a visualização de todos os alunos da classe. Deverá ainda confeccionar as cartelas de bingo com o alfabeto . As cartelas de bingo deverão ser impressas em cartolina ou em papel comum e afixada em cartolina ou papel cartão. 
                                                            Como jogar?

Colocar as letras dentro de uma caixa e ir sorteando de uma a uma. Ao sortear cada letra explorar, respectivamente o nome da letra e após o som e depois acrescentar coisas que comecem com esta letra inicial: objetos da sala de aula, nomes de colegas de classe, nomes de artistas, nomes de frutas, nomes de modelos de carros, etc. Não deverá esquecer de explorar muito o som de cada letra, pois o segredo para aquisição da leitura está justamente, quando a criança percebe o som, assim sendo, quando ela for desafiada a escrever alguma palavra ela perceberá a constituição da palavra pelos sons. O resultado é muito bom. Em uma classe quando as crianças ainda não conhecem o alfabeto, este tipo de atividade - BINGO - não pode faltar e deverá ser realizada diariamente. Em um prazo de no máximo 40 dias você terá uma classe que conhecerá todo o alfabeto e escreverá várias palavras. Você pode alternar entre o Bingo do pré-nome e o Alfabingo.